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Tive, há alguns meses, uma interessante conversa com uma pessoa de origem étnica não-ocidental. Essa conversa foi, nem de propósito, sobre a utilização da palavra “escravatura” em contexto BDSM. De acordo com ela, o uso da palavra demonstra um certo desrespeito cultural e o abuso de um privilégio branco e ocidental.

Esta é uma crítica válida. Não segue dela, porém, que se deva simplesmente abandonar a palavra – antes, motiva-nos a pensar criticamente sobre o seu uso. Este número da revista é dedicado a pensar a questão da escravatura – nas suas várias formas, mais e menos subtis, mais e menos agressivas, mais e menos criadoras de sofrimento. Então, para quê vir falar de BDSM, de práticas sexuais, de práticas de prazer? Dito de outra forma: não se está, com este artigo, a confundir as coisas, a menosprezar o peso e a importância da escravatura enquanto problema sócio-político?

Pretendo demonstrar que não. Como rede de poder que é, o BDSM possui, quando encarado reflexivamente, um potencial de desconstrução, catarse e análise que importa olhar mais de perto.

 
Aceder ao artigo completo, publicado no n.º 1 da revista (in)visível AQUI.
 
Aceder à revista (in)visível n.º 1 AQUI.